O ex-futebolista Ronaldo Fenômeno formalizou na noite de segunda-feira (29) a transferência da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro para o empresário Pedro Lourenço, proprietário da rede Supermercados BH. A Tara Esportes, detentora do pentacampeonato brasileiro, cederá integralmente 90% das suas ações ao empresário.
De acordo com comunicado divulgado pelo Cruzeiro, a transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, estima que o processo junto ao órgão leve entre 30 a 45 dias.
Permanecem algumas “obrigações super simples” junto à associação (clube social), detentora de 10% das ações da SAF, as quais são separadas quando ocorre a transição para uma SAF. Se o negócio for concluído, Ronaldo continuará na SAF como conselheiro.
Ronaldo Fenômeno: “Resto de vida sabático” Ronaldo liderou a reestruturação da dívida do Cruzeiro, que era de R$ 1,3 bilhão no momento da aquisição. Essa reestruturação resultou na aprovação do plano de recuperação judicial do clube, reduzindo a alavancagem no curto prazo e prevendo o pagamento de R$ 682 milhões aos credores, além de R$ 260 milhões para cumprimento de obrigações fiscais.
O ex-jogador mencionou que seu outro clube, o Real Valladolid, da Espanha, “é o próximo”, indicando que também poderá ser vendido. “Vou desfrutar de um descanso sabático pelo resto da vida… até que surja algo”, afirmou o agora empresário, quando questionado sobre empreendimentos em esportes eletrônicos, uma área na qual tem interesse.
“Obrigações cumpridas” O CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, assegurou que a filosofia de controle orçamentário e rigor financeiro será mantida. Ele destacou a importância de cumprir com as obrigações financeiras, além de ter flexibilidade adicional para investimentos no futebol, mantendo um planejamento orçamentário sólido.
Lima não divulgou os detalhes financeiros da negociação e afirmou que “todas as obrigações contraídas foram cumpridas”.
O empresário Pedro Lourenço, também conhecido como Pedrinho, ressaltou que “quem está comprando a SAF sou eu, não o Supermercado BH”.
